BOLETINS METEOROLÓGICOS
PREVISÃO TRIMESTRAL
28/07/2014 17:15
Transição inverno/primavera com previsão de El Niño
A previsão para o trimestre é de chuva próxima e acima da média climatológica no estado, podendo ter uma distribuição irregular no tempo. A incidência de temporais e granizo é menor em agosto e maior a partir de setembro, mas eventos extremos podem ocorrer em qualquer época do ano, por vezes com acumulados significativos de chuva em curto espaço de tempo, que resultam em alagamentos, deslizamentos, inundações e enxurradas.
Climatologia: em agosto, o volume de chuva esperado para o mês fica em torno de 90 a 150mm no estado. Em setembro e outubro inicia a época das chuvas de primavera, resultando em totais mensais de precipitação mais elevados. Em boa parte dos municípios catarinenses, a maior precipitação do trimestre ocorre em outubro, com totais acumulados de 210 a 280mm no Oeste e Meio-Oeste, e de 140 a 180mm do Planalto ao Litoral.
Os episódios de precipitação devem ocorrer especialmente associados a frentes frias, sistemas de baixa pressão e ao jato subtropical (ventos fortes em altitude). Nos meses de setembro e outubro é comum a influência dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCMs), que normalmente se desenvolvem durante a madrugada entre o norte da Argentina, Paraguai e Rio Grande do Sul, provocando chuva intensa e temporais com granizo, preferencialmente nas madrugadas e manhãs no Oeste e Meio Oeste catarinense.
Os episódios de precipitação devem ocorrer especialmente associados a frentes frias, sistemas de baixa pressão e ao jato subtropical (ventos fortes em altitude). Nos meses de setembro e outubro é comum a influência dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCMs), que normalmente se desenvolvem durante a madrugada entre o norte da Argentina, Paraguai e Rio Grande do Sul, provocando chuva intensa e temporais com granizo, preferencialmente nas madrugadas e manhãs no Oeste e Meio Oeste catarinense.
O trimestre também é marcado pela atuação dos ciclones extratropicais, que oferecem perigo às embarcações no Litoral Catarinense, quando os ventos fortes e mar agitado muitas vezes resultam em ressaca.
Com relação à temperatura a expectativa é de um final de inverno e início de primavera com temperatura próxima a acima da média climatológica, especialmente devido às temperaturas mínimas que tendem a ficar mais elevadas. Mesmo assim, em agosto ainda podem ocorrer incursões de massa de ar polar, com possibilidade de geada e até episódios de neve. Em setembro o frio começa adiminuir gradativamente e em outubro já se espera períodos mais aquecidos.
A Temperatura da Superfície do Mar (TSM):
No mês de junho a TSM (Temperatura da Superfície do Mar) no Oceano Pacífico Equatorial, região de monitoramento do El Niño, permaneceu acima da média climatológica em torno de 1 a 2ºC, atingindo 3 a 4ºC próximo a costa da América do Sul, como mostra a Figura 1. Em julho, a TSM continuou apresentando valores acima da média, porém o aquecimento diminuiu em relação a junho, como mostra a Figura 2. Esse aquecimento indica evolução para a fase quente do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) no decorrer dos próximos meses, o que pode causar alterações nas condições de tempo e clima em SC, na primavera. Segundo as últimas previsões o El Niño deve configurar com intensidade fraca a no máximo moderada.
Figura 1 -Anomalia da TSM nos oceanos Atlântico e Pacífico, em junho de2014.
Figura 2 -Anomalia da TSM nos oceanos Atlântico e Pacífico, entre 20 a 26/06/2014.
A Epagri/Ciram recomenda o permanente acompanhamento dos boletins e informações disponibilizados neste site.
FONTE: EPAGRI / CIRAM.